Por falta de informação muitos novatos no Tradicionalismo Gaúcho Brasileiro acabam por deturpar usos e costumes tradicionais dos Gaúchos Campeiros do Rio Grande do Sul. No entanto, aqueles que se propuseram a integrar o Movimento Tradicionalista Gaúcho Brasileiro organizado hão de estar conscientes de que Fazer Tradição é cultuar, cultivar, defender, zelar, corretamente divulgar e, principalmente, preservar o Patrimônio Cultural-regionalista Gaúcho Sul-rio-grandense, recebido pelo Estado Garrão-sul do Brasil, pelos Sul-rio-grandenses, pelo Brasil e todo o Povo Brasileiro. É preciso, portanto, que todos os integrantes do Tradicionalismo desenvolvam o necessário senso crítico no sentido de diferenciar o que é imposição comercial daquilo que consiste, verdadeiramente, como Tradição Gaúcha do Rio Grande do Sul. Com consciência tradicionalista qualquer indivíduo é capaz de identificar as incoerências regionalista-tradicionais gaúchas sul-rio-grandenses e as impropriedades tradicionalistas gaúchas brasileiras, verificadas no âmbito do Movimento Tradicionalista Gaúcho do Brasil. No uso da Pilcha Gaúcha dos Campeiros do Rio Grande, por exemplo, fácil é ver-se aberrações como a dos lenços de pescoço e das camisas na cor preta, uma vez que esta não é da Tradição Gaúcha Sul-rio-grandense - a tradição regional dos interioranos do Estado Sulino, repassada de pai para filho, pelo tempo, de forma espontânea e contínua, - por ter sido usada aquela cor apenas para os casos de luto; a dos lenços de pescoço estampados, de cores diversas das previstas nas Diretrizes do Tradicionalismo para o Uso da Pilcha Gaúcha Sul-rio-grandense Masculina, virados para o lado, para trás, com as pontas escondidas por debaixo da camisa ou por fora do pescoço, vez que contrariam a História, os usos e os costumes tradicionais sul-rio-grandenses; a dos chapéus chaparral, com abas laterais viradas para cima, de couro, com copa alta ou no estilo "polícia-montada do Canadá"; a do uso das boinas coloridas, espanholas, italianas e de outras procedências, pois a boina tradicional dos gaúchos fronteiriços sul-brasileiros é a preta e de tamanho normal; a do uso de coberturas na cabeça no interior dos ambientes fechados, dentro dos salões de baile e outros recintos cobertos, ato este que contraria a antiga e tradicional convenção social dos campeiros sul-rio-grandenses, os quais, por tradição e educação, sempre descobriram a cabeça em ambientes cobertos, além de não haver razão alguma para que um peão gaúcho venha a manter a sua cabeça coberta debaixo de um teto, por não haver ali nem sereno nem chuva nem sol; a das cintas ou "rastras" platinas, em vez da guaiaca sul-rio-grandense, o cinturão típico e tradicional do Rio Grande do Sul; a das calças demasiadamente estreitas, já que o vocábulo bombacha, etimologicamente, significa calça larga, sendo esta a peça da indumentária gaúcha tradicional oriunda do Núcleo da Formação Gaúcha Sul-rio-grandense, a região do Pampa Sul-rio-grandense, de onde formou-se toda a Tradição dos Gaúchos Campeiros do Rio Grande do Sul, não devendo ser, portanto, modificada por qualquer tipo de modismo comercial ofensivo à autenticidade da Cultura Regionalista-tradicional dos Gaúchos Sul-brasileiros; a do uso de bombachas importadas, uma vez que o Tradicionalista Gaúcho é preservacionista, conservadorista da Cultura Regional, Tradicional e Nativa do Estado do Rio Grande do Sul; a aberração das túnicas militares com a bombacha; das camisas pretas ou em cores berrantes, fortes, como o vermelhão, o verdão, o azulão, o amarelão e outras, por vezes combinando com a saia ou o vestido da prenda, pois a Tradição Gaúcha a ser cultuada no MTG Brasileiro é a originária do Pampa do Rio Grande do Sul, formada pelos habitantes do interior sul-rio-grandense, onde estes, tradicionalmente, por comedidos e recatados, nunca usaram as cores fortes, preferindo as mais claras e sóbrias, como bem demonstram todos os estudos folclóricos e os registros histórico-literários brasileiros; a das pilchas com as cores de bandeiras; a dos barbicachos em plástico brilhante ou correntes metálicas; a dos tiradores com pinturas e penduricalhos; das botas brancas ou de coloridos diversos das convencionais pretas, beges e marrons; das camisas fulgurantes, brilhosas, de cetim, de mangas fofas ou com gola de padre; das bombachas coloridas ou plissadas; dos conjuntos pretos (zorro); das faixas uruguaias, argentinas, paraguaias ou chilenas, uma vez que no Tradicionalismo Gaúcho Brasileiro visa-se a conservação e a preservação daquilo que é próprio do Rio Grande, não do uso e dos costumes dos países vizinhos; das camisetas ou das camisas com as mangas arregaçadas; das alpargatas, da faca à cintura, em bailes, eventos sociais ou solenidades tradicionalistas; dos casacos, dos jalecos ou das blusas tipo-campeira, com adornos de favos-de-mel ao longo das mangas; e, dos procederes nada tradicionalistas de se dançar maxixe, tchê music, forró ou qualquer outro ritmo que não tenha o compasso da música regionalista-tradicional gaúcha do Rio Grande do Sul, no interior dos Centros de Tradições Gaúchas - CTGS - e demais Entidades Tradicionalistas filiadas ao MTG Brasileiro. Essas e outras incoerências regionalista-tradicionais sul-rio-grandenses e impropriedades tradicionalistas brasileiras é de serem consideradas como verdadeiros atentados cometidos contra a Cultura Regionalista-tradicional do Povo Gaúcho Brasileiro, como um grave crime de lesa-cultura gaúcha sul-rio-grandense. Aberrações culturais, regionais, tradicionais, como essas, não devem ser praticadas no âmbito do Tradicionalismo Gaúcho organizado, pois estão elas a contrariar todos os Estatutos, os Regulamentos, a Filosofia de Atuação, a própria Carta de Princípios desse MTG Brasileiro, cuja filosofia serve de base para todos os seus fins institucionais, culturais e tradicionalistas, de preservação das autênticas Tradições dos Gaúchos Campeiros do Sul do Brasil!
sábado, 12 de junho de 2010
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Palestras no CTG Erva Mate
Ocorreu no dia 05 de Junho no CTG Erva Mate, na cidade de Venâncio Aires, o "I Seminário de Prendas e Peões do CTG Erva Mate: Obstáculos de Um Sonho".
Entre os palestrantes, estava Guilherme Nascimento Monte, Peão destq. Campeiro do RS com a palestra: "Superando limites na busca de um sonho" durante o período da manhã.
Já no turno da tarde, foi a vez de Douglas Diehl Dias, Guri destq. Artístico-Cultural do RS, palestrar sobre a arte da declamação.
Este evento foi voltado para as prendas e peões da entidade e ao público externo, para motivar que estes participem dos concursos de prenda e peão da entidade, região e estado.


Prendas e Peões do RS 2010/2011
Já era sem tempo de colocarmos os nomes dos novos representantes do nosso estado durante o mandato 2010/2011, eleitos de 22 a 24 de Abril em Tramandaí (Peões e Guris) e de 27 a 29 de Maio em Santa Maria (Prendas).
Os Peões e Guris:

As Prendas:

Buenas Gauchada
"Eu sou escravo das patas do meu cavalo
Onde elas batem, também bate o meu destino."
Túlio Urach
Pra quem ainda não me conhece, sou o Guilherme Nascimento Monte, Peão destaque campeiro do Rio Grande do Sul 2010/11.
Com a responsabilidade do cargo, veio também a responsabilidade de gerenciar o Blog das Prendas e Peões do Estado do RS.Farei o possível para deixar o blog atualizado, pois acredito ser o meio mais fácil de comunicação entre nós e o público externo.
Qualquer sugestão de postagem podem mandar para o meu email que é o mesmo do msn: guin_monte@hotmail.com .
Um grande abraço a todos que visitam nosso espaço e acreditam no nosso trabalho.
Guilherme Monte
sábado, 1 de maio de 2010
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Encontro Jovem - FTG/PC

A Federação Tradicionalista Gaúcha do Planalto Central, por intermédio de seus Departamentos Cultural e Jovem vem convidá-lo a participar do I Encontro Cultural dos Jovens da FTG-PC, no CTG Estância Gaúcha do Planalto, nos dias 22 e 23 de maio de 2010.O evento propõe uma grande integração entre jovens, buscando disseminar as raízes desta tradição que nos une. É mais que um momento de rever amigos e comungar idéias, é a oportunidade de renovarmos a essência do mais autêntico espírito gaúcho.A realização é feita em parceria com o CTG Estância Gaúcha do Planalto e com a 1ª Região Tradicionalista. Os jovens se instalarão na sede da entidade onde ocorrerá um acampamento de integração. Todas as refeições serão fornecidas pelo próprio evento. O custo da inscrição é de R$ 30,00 (trinta reais) por participante.Retransmita o convite aos demais jovens de sua entidade. Encontramo-nos em Brasília, para juntos, mantermos vivo o brilho da chama da tradição.
PROGRAMAÇÃOSÁBADO (22/05)
8h30 às 9h30 – Café da Manhã
9h – Credenciamentos
10h – Solenidade de Abertura
11h30 – Painel 1 – “A História do Tradicionalismo” (Ivo Befatto/CBTG)
12h30 – Perguntas e Debates
13h– Almoço
14h30 – Painel 2 – “A História da FTG-PC” (Getúlio Taborda /FTG-PC)
15h30 – Perguntas e Debates
16h – Café da Tarde
16h30 - Painel 3 – “A sustentabilidade do Movimento” (Wilson Porto/CBTG)
17h30 – Perguntas e Debates
19h – Jantar
20h – Tertúlia
DOMINGO (23/05)
8h às 9h – Café-da-Manhã
9h – Apresentação dos estudos de “Indumentária Gaúcha”*
10h30 – Apresentação dos estudos de “Ciclo de Danças”
*12h30 - Almoço de Confraternização e Entrega de Certificados
14h – GRE-NAL de Bombacha
*Estudos de Indumentária e Ciclo de Danças
1º Etapa: Etapa Singular
Os CTGs irão compor em sua sede grupos de estudos específicos sobre danças tradicionais ou indumentária gaúcha. O assunto será delimitado pela organização do Encontro que também fornecerá todo o material teórico para a pesquisa.
2º Etapa: Etapa Plural
Esta etapa refere-se ao Encontro Cultural, quando os estudos feitos pelos CTGs serão compartilhados com as demais entidades realizando uma grande comunhão de pesquisas e idéias.
Saudações Tradicionalistas, Roberta FontanaDiretora do Departamento Cultural – FTG/PC
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